Monte Verde - MG

Bem pessoal, haviamos prometido que a próxima postagem seria continuidade sobre as serras gaúchas, mas deu vontade mesmo de escrever sobre essa serra no estado de Minas, que muito nos encantou.

Pela primeira vez, em 8 anos, tivemos a oportunidade de viajar para comemorar nosso aniversário de namoro. Foi um passeio rápido, saímos de Campinas no sábado bem cedo e retornamos na madrugada do domingo para a segunda.

Fomos de carro mesmo, o que já nos proporcionou uma aventura, pois só existe um motorista na casa (ela), ele nem quer saber de tirar sua carteira. Foram aproximadamente 3 horas de viagem. E o que mais nos chamou a atenção foi a mudança brusca de transito ao atravessar a fronteira dos estados. Basta pisar em território mineiro para aparecer um trilhão de caminhões na sua frente. Tirando isso as rodovias são bastante tranquilas. Ao chegar em Camanducaia (Municipio ao qual pertence o distrito de Monte Verde), tem muita sinalização indicando o caminho. A subida é bastante tranquila, mas por ser a primeira vez a subir uma serra dirigindo, ela ficou bastante nervosa.

Pronto! Chegamos a Monte Verde!

Gente, nessa hora bateu o desespero... As ruas da cidade são realmente péssimas! Da entrada até a nossa pousada foi um estresse sem tamanho, o qual nos fez tomar a seguinte decisão: O carro só sairia da garagem novamente na hora de retornar para Campinas. E posso afirmar que foi a decisão mais certeira. A cidade é pequena e por isso os taxi não rodam com taximentro e sim cobram R$ 10,00 para qualquer lugar.

A partir daí começamos, enfim, a aproveitar nossa viagem.

A pousada nos encantou logo de cara. Limpa, organizada, atendimento impecável, cozinha completa, lareira, um farto café da manhã servido no quarto e o silêncio e tranquilidade da natureza, apenas ao som dos pássaros, esquilos e outros bichos que de vez em quando davam o ar da graça.
Os seus proprietários moram lá e são eles mesmo que te recepicionam, fazem o serviço de quarto, prestam informações necessárias sobre a cidade... Enfim, fazem com que você se sinta em casa. E o que nos deixou muito contentes também foi o fato de não ter tv a cabo. Calma! Isso não quer dizer que não tenha o que fazer ou ver. Eles tem uma "lista negra" enorme com váááários filmes. Basta discar na recepção, escolher seu título e como num passe de mágica eles chegam até o seu chalé.
Recomendadíssimo este lugar: Chalé da Floresta. Custo-benefício excelente.

Então, chegamos na pousada, deixamos a bagagem e fomos para o centro conhecer um pouco da cidade (de táxi). Almoçamos em um restaurante italiano que nem mesmo lembro o nome, mas também não recomendaria. Não é ruim, mas não é bom.

No barzinho em frente ao restaurante que almoçamos tinha uma banda tocando cover dos Beatles. Ele ficou louco né? Mas já tinhamos sentado, pedido, não tinha muito o que fazer, a não ser voltar mais tarde.

Casa de chá e tortas

No topo da Pedra Redonda

Uma das galerias no centro da cidade

Fritz

O centro de Monte Verde se resume em praticamente uma rua, porém muito charmosa. Cercada de restaurantes, lojas de roupas, de comidas e de gente vestindo suas coleções de inverno. Mesmo durante o dia, com o sol forte, ainda fazia um friozinho...

Passear por ali é uma delícia! Sentar nos banquinhos da praça, escutar música boa (essa é uma das coisas que percebemos por lá, a música é de qualidade em qualquer restaurante ou barzinho que vá), levantar, andar mais, comprar um doce mineiro, voltar, sentar mais um pouquinho, namorar....

Em uma de nossas voltas pela rua principal, encontramos sentados em frente a uma loja dois alemães cantando e tocando músicas de sua terra. Sentamos ali ao lado e ficamos conversando. Logo, ele já estava íntimo dos dois senhores, que começaram a cantar as músicas especialmente para nós. Todos que por ali passavam, deixavam pelo menos um minutinho de seu tempo ao apreciar uma cultura diferente que nos era apresentada.

Após horas por ali, andando, curtindo, comprando... Fomos fazer um lanche em um lugar que chamou a atenção dela. Pequenininho, apenas 3 mesas, com 4 opções de tortas, 2 de chá e café. Só isso! Gente, mas não é qualquer torta, é a melhor torta que já comemos na vida. Só aquela fatia já valia os 160 km que andamos. Perfeito! E o destaque vai para a de pêra com gorgonzola, feita com uma massa crocante e com muuuuuitas amendoas. Lógico que no domingo nosso chá da tarde foi no mesmo lugar. Não tinha como deixar de ser.

A quantidade de bares lá é muito grande, mas já saímos de Campinas com a certeza de que visitariamos o Fritz (tá, eu sei que aqui também tem, mas é diferente). Não conseguimos pegar o horario de visitação da fábrica de cerveja, até esquecemos da hora vendo os alemães cantando, mas valeu a parada para uma cerveja e um pastel de joelho de porco. Só o atendimento que deixou a desejar, faz parte!

Alemães

Hora de retornar para pousada né?

Tem coisa melhor do que ficar com quem se ama, num lugar frio, coberta, com aquecedor (tivemos medo de acender a lareira. hehehe), curtindo um filme, um vinho e queijos? Nãoooo. Aliás, tem sim! Acordar no dia seguinte, ao lado daquela mesma pessoa, abrir a varanda e tomar um mega café da manhã vendo os esquilinhos.

Foi assim que começamos o segundo dia. Depois do reforço do café, pernas para que te quero? Para fazer a trilha da Pedra Redonda, cercada pelas montanhas da Serra da Mantiqueira. A subida é tranquila, até mesmo para dois sedentários como nós (mas não esqueçam da garrafinha de água). A vista lá de cima compensa qualquer cansaço, simplesmente linda! Dá uma sensação de paz sem tamanho...

Terminada a trilha, começamos a sentir meio que o sentimento de despedida do lugar. Já era hora de almoçar e depois voltar para o hotel para recompor as energias e aproveitar a ultima noite na cidade.

Devo confesar que esta noite foi triste... Tudo o que se via eram os restaurantes vazios e os turistas colocando suas malas no carro e partindo de volta para suas casas, deu vontade de fazer o mesmo. Porque ficou aquela coisa bucólica. Mas ainda assim, ficamos no único restaurante que tinha música ao vivo naquela noite de domingo e acabou que foi legal curtir aquele lugar a dois.

Na segunda pela manhã muito cedo (05:00) partimos de volta para Campinas. E desta vez pudemos curtir a paisagem do caminho. Vendo a lua partir e o sol nascer entre aquelas montanhas, coisa mais linda de meu Deus.

Monte Verde nos deixou com uma vontade de quero mais e com uma sensação maravilhosa de um final de semana em meio a natureza, aproveitando nós dois e comemorando mais um de muitos anos juntos, se Deu quiser.

*** Observações ***
- Fomos no final de Junho de 2012, período de inverno, e por isso pegamos 2 graus, com sensação de alguns negativos. Então se pensar em ir no mesmo período, leva agasalho;
- Monte Verde conta apenas com uma agencia de banco, o Bradesco. Então quem tiver conta em qualquer outro banco, é bom levar dinheiro em espécie. Caso contrário terá de ir até Camanducaia para encontrar agencias ou caixas eletrônicos. Quem quiser sacar da CEF, tem a lotérica, porém, não funciona aos domingos;
- Vários estabelecimentos não aceitam cartão;
- A cidade é conhecida pelo seu romantismos, mas também pela prática de alguns esportes de aventura;
- Tem uma pista de patinação no gelo;
- Site da pousada que ficamos: http://www.chaledafloresta.com.br/
- Ah, e na próxima acho que iremos na sexta a noite para voltar domingo a noite e aí não teremos aquele sentimento do domingo. Pelo que percebemos é o que a maioria dos turistas fazem.

É isso gente, esperamos que tenham gostado e que ajude um pouco caso o seu próximo roteiro seja essa minuscula cidade em extensão, mas enorme em sentimento.

Beijos nossos!